Ao longo da história o homem vem transformando tudo ao seu redor, modificando a paisagem urbana e rural. Por uma necessidade de adaptação na vida social, a conglomeração humana em condomínios teve início na Roma Antiga, onde, por conta das necessidades econômicas, os plebeus foram autorizados a sobreposição habitacional, ficando desta forma, o uso comum da propriedade, e a divisão de despesas de forma igualitária.
No Brasil, percebemos a evolução dos condomínios no início no século XX, devido ao crescimento e escassez de terra nos grandes centros urbanos, onde a necessidade de se ganhar espaço, e possibilitar a oferta de novas moradias, as construções passaram a ser projetadas para o alto, verticalizando assim o uso da propriedade.
A palavra condomínio é oriunda do latim condominium, significando poder ou propriedade exercida por mais de um dono. Nos dias atuais condomínio tem uma abrangência muito mais ampla, pois temos formatos de aglomeração e moradias em condomínios tidos como edilícios, de lotes e condomínios fechados. O processo de industrialização, e a crescente expansão urbana permitiu a verticalização para fins habitacionais no Brasil, e a difusão deste padrão habitacional tornou-se fundamental na compreensão da produção do espaço urbano em toda a América Latina.
Assim o Brasil recebeu os primeiros edifícios, que mais tarde deixariam de ser empreendimentos voltados para área comercial, tendo agora uma função bem definida como condomínio habitacional. Podemos observar que ao longo da história, os condomínios estiverem ligados às necessidades estruturais e organizacionais das cidades. Quando a verticalização das cidades atingiu os Estados Unidos, tínhamos na referida expansão um caráter meramente centralizador para os edifícios de escritórios comerciais.
Hoje percebemos a grande força desta forma de propriedade, temos somente na cidade de São Paulo, através de levantamento feito pela empresa Lello, líder no segmento imobiliário, mais de 20 mil empreendimentos existentes na capital, movimentando a cada ano cerca de R$13,2 bilhões. Esta realidade não difere na região do Vale do Paraíba, temos uma economia pujante, e uma infinita quantidade de empresas de vários segmentos e portes, fazendo com que a região seja naturalmente procurada, e sua expansão verticalizada para ocupação dos espaços urbanos.
Escrito por: Marcos Roberto Velozo.